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Corantes alimentares: um arco-íris de riscos

Comunicação de risco

 

 

Onde podemos encontrar corantes alimentares

Os corantes alimentares podem ser encontrados em praticamente todos os géneros alimentares, desde doces a bebidas, comprimidos, cápsulas, cereais de pequeno-almoço, e até na própria casca da fruta para realçar a sua cor. É portanto praticamente impossível evitá-los, deve-se no entanto tentar reduzir o seu consumo para níveis recomendados e seguros. Para mais informações.

Para que são usados

Os corantes alimentares são todas as substâncias adicionadas a qualquer alimento com a finalidade de modificar e/ou melhorar a sua cor.

Estes são muitas vezes usados para tornar misturas básicas de ingredientes mais atrativas. Permitem ainda realçar a cor natural de alguns alimentos como a fruta ou até mesmo conferir uma coloração completamente diferente ao alimento. Por vezes, os corantes alimentares também são usados para manter a cor esperada ou preferida pelo consumidor, uma vez que esta pode variar de acordo com as estações do ano ou como consequência de técnicas de armazenamento e de processamento. [Wikipedia Corante Alimentar] Por exemplo, ao salmão criado em cativeiro é adicionado um corante para que este tenha a mesma cor que o salmão selvagem.

Tenho razões para estar preocupado(a)

Os corantes alimentares já são usados há muito tempo. Na verdade, o seu uso remonta ao antigo Egipto. Assim, surgiu a necessidade da sua regulamentação para controlar o perigo associado ao seu consumo. 

Esta regulamentação só pode ser feita  a partir da realização de estudos de toxicidade e da determinação da dose máxima que pode ser consumida sem que haja efeitos secundários. Contudo nem sempre a regulamentação é cumprida e, por vezes, só após o uso de determinada substância durante algum tempo se percebe os potenciais efeitos tóxicos que pode ter.

Efetivamente, nos últimos tempos, são várias as questões que têm sido levantadas sobre o impacto do consumo de corantes alimentares, como o Amarelo-sol FCF, na saúde da população. Inclusive, vários corantes têm sido estudados e mediante os resultados obtidos têm sido retirados do mercado, como Red 1, Red2, Yellow1, Yellow 2. (Kobylewski, S. et al., 2012).

Assim, tornou-se importante implementar guidelines e códigos de prática que imponham limites máximos para a presença destes compostos em alimentos. Tendo em conta que existe legislação para garantir a segurança do consumidor, o mais importante é assegurar uma alimentação variada para que não seja excedida a dose máxima recomendada.  Para mais informações

Há um maior risco para crianças 

Segundo os últimos estudos realizados, as crianças que consomem corantes alimentares parecem ter riscos acrescidos, contribuindo para o aparecimento de hiperatividade e distúrbio de atenção. Apesar de já terem sido tiradas algumas conclusões dos estudos até hoje realizados, a verdade é que esta temática ainda não tem uma resposta conclusiva. Para mais informações

O que devo fazer para minimizar os riscos do seu consumo

Para minimizar os riscos associados ao seu consumo devem ser consultados os rótulos dos produtos e, nos casos de frutas e leguminosas, verificar a origem e fornecedor dos mesmos, para minimizar o consumo de corantes. Deve-se proceder igualmente a uma dieta variada, que minimize o consumo do mesmo corante (por exemplo no caso dos cereais de pequeno almoço, em que muitas vezes é consumido o mesmo tipo por longos períodos de tempo). Deve-se evitar ou moderar o consumo de alimentos coloridos e que se sabe que têm corantes (como rebuçados, pastilhas elásticas, gomas) e preferir alimentos naturais. No caso das crianças, pode-se ainda procurar sensibilizá-las através de visitas a propriedades rurais ou participação em eventos da Community Supported Agriculture para ensinar às crianças como os alimentos integrais e maduros devem parecer, cheirar e qual o seu paladar. Uma lista de alimentos e os seus respetivos corantes alimentares e dose por produtos, está disponível no Codex Alimentarius. Outra lista está disponível no site IATP Brain Food Selector, o qual tem uma série de produtos e as referidas marcas dos mesmos, com os corantes alimentares presentes em cada uma. [Smart GuideTo Food Dyes]

Um dos corantes alimentares presentes nos produtos alimentares é o Amarelo-sol FCF.

 

      Haverá algum risco relacionado com a ingestão deste corante

Ao longo dos anos têm vindo a ser feitos vários estudos para avaliar o risco de consumo deste corante alimentar, como estudos de toxicidade aguda, de imunossupressão, de potencial carcinogénico e de possibilidade de levar ao desenvolvimento de hiperatividade em crianças. Aliás, este último ponto tem sido associado ao consumo de vários corantes alimentares [Eugene, A. et al, 2012].

Contudo, a vasta extensão de estudos realizados não tem sido muito conclusiva.

Assim, não são grandes as certezas que o consumo deste corante alimentar em particular possa ter algum efeito negativo no consumidor. É necessária a realização de mais estudos que possam esclarecer quais os mecanismos de toxicidade do Amarelo-sol FCF, bem como a sua toxicidade a longo prazo.

Coloca-se então a questão:

 

Apesar das incertezas em relação à sua toxicidade para o Homem, valerá o risco de consumir algo que não traz qualquer benefício em termos de saúde? 

Bibliografia

Eugene, A. et al (2012) Artificial Food Colors and Attention-Deficit/Hyperactivity Symptoms: Conclusions to Dye for Neurotherapeutics (2012) 9:599–609

 

Kobylewski, S. et al., (2012) Toxicology of dyes, International Journal of Occupational and Environmental Health (2012) 220-245

 

Smart GuideTo Food Dyes: http://www.iatp.org/files/421_2_105204.pdf (acedido a 27/05/2014)

 

Wikipedia Corante alimentar: pt.wikipedia.org/wiki/Corante_alimentar (acedido a 20/05/2014)

 

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